A mãe Primordial que teria criado tudo e todos, até seu próprio complemento masculino, está na base filosófica e fundamental de todas as mitologias e Religiões antigas.
Na compreensão humana primitiva a Mãe precedeu o nascimento do Pai. percebemos isto em todos os mitos sagrados anteriores ao patriarcado e quanto mais antigos são estes mitos, mais isso se confirma.
Quando os primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da Terra à poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse criado era feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar à vida a outros seres, nossos ancestrais começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.
Os povos do Neolítico e Paleolítico não conheciam Deuses masculinos. O conceito do ato sexual como fator de fecundação inexistia, pois eles acreditavam que as mulheres engravidavam deitadas ao luar, através do poder da Grande Deusa manifestada como a Lua.
Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à Lua, já que existia um poder maior que agia entre a mulher e a Lua.
Todas as religiões primitivas viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que existiu. Nada mais lógico para uma sociedade em processo de evolução, pois não é do ventre da mulher que todos nós saímos?
O culto à Grande Deusa remonta à Era de Touro. Nesta época o respeito ao feminino e o culto aos mistérios da procriação eram muito difundidos. Nas culturas primitivas a mulher era tida como única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os partos eram considerados sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de veneração à Deusa.
A Deusa esteve presente em todas as partes do mundo sob diversos nomes e aspectos: Kali na Índia, Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma e assim sucessivamente. As Grandes Deusas da Antiguidade exerciam domínio tanto sobre o amor quanto sobre a guerra.
A Deusa já foi reverenciada em todas as partes do mundo sob diferentes nomes e aspectos. Seu nome pode variar, mas Ela sempre foi venerada como o princípio feminino eterno e estático que está presente em tudo e incluso no nada. Ela é o poder feminino que dá vida ao mundo e fertiliza a Terra.
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