A Lua Negra é o período que compreende os três dias anteriores à Lua Nova, em que a Lua está praticamente em conjunção com o Sol. Nesse caso, ela não é visível à noite, mas apenas durante o dia. Na noite de Lua Negra, celebramos a Deusa em sua face sombria, não como a criadora ou mãe, mas como a ceifeira, a que corta o fio da vida.
Celebramos Cerridwen, a poderosa Senhora Celta da Sabedoria, a porca branca comedora de cadáveres, cujo caldeirão contém a passagem para os mistérios do Universo.
Celebramos Hell, Rainha Nórdica dos Mortos, metade linda mulher e metade cadáver em decomposição, Hell é aquela que recebe e cuida dos mortos que não morreram em batalha e cujos altares sagrados eram cavernas em forma de útero, lembrando a todos nós que a Morte é apenas o passo que antecede o renascimento.
Celebramos Hécate, Deusa e Protetora de todas as bruxas. Senhora dos caminhos e das máscaras, do destino que críamos para nós e das prisões nas quais enclausuramos. A mais antiga forma grega da Deusa Tríplice, Hécate governa o Céu, a Terra e o mundo dos Mortos.
Ela é a Senhora do ciclo do Universo e sabe que toda dor é sempre seguida por um renascimento de alegria e poder.
Nesse momento quando a Lua não brilha no céu, devemos lembrar de que nós também temos uma parte sombria. E, por isso, também celebramos nossa sombra, a porção terrível e destruidora que temos dentro de nós. Aproveitando a proteção aveludada da noite escura, podemos nos encontrar com a nossa sombra, não para duelar com ela, mas para convidá-la para uma dança sagrada de integração e plenitude.
Dance então com a sua sombra, aceitando-a como parte de você e terminando a dança num abraço de êxtase que vai unir as duas metades de seu ser e tornar você completo. Desse modo, você lembra à terra sob os seus pés e aos céus noturnos acima que você, assim como a Deusa, é feito de Luz e Sombra.
Texto adaptado. “Celebrando a Lua Negra” de Naelyan Wyvern.
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